13/Jan/2022

O governo do Rio Grande do Sul pediu à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em visita ao Estado, que viabilize recursos para o fortalecimento do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper), bem como para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Os produtores do Estado contabilizam grandes prejuízos com a seca desde novembro passado. O Estado também pede subsídios aos juros nas operações de crédito rural na agricultura familiar e recursos do crédito rural para as cooperativas agropecuárias que necessitam reprogramar os vencimentos dos produtores que financiaram seus empreendimentos por meio do sistema de troca. Também solicita oferta de milho via Programa de Vendas em Balcão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a aquisição de leite emergencial via Conab para impedir a queda do preço pago ao produtor.

O documento, consolidado após conversas com representantes de entidades rurais, prefeitos e deputados estaduais, foi entregue à Tereza Cristina em Santo Ângelo, um dos municípios atingidos pela seca e onde a ministra se reuniu com o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior e com a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti. O governador Eduardo Leite (PSDB) não pôde acompanhar a visita porque foi diagnosticado com Covid-19. No documento, é solicitada a ampliação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) da soja para permitir que o produtor que ainda não conseguiu realizar a semeadura possa se enquadrar no Proagro e no Seguro Rural e a revisão da legislação ambiental de modo a interpretar a reservação de água como de relevante interesse social em partes das áreas de preservação permanente. De acordo com nota divulgada pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a ministra garantiu que as demandas serão repassadas ao governo federal.

Segundo a ministra, no momento, é impossível mensurar os prejuízos da estiagem no Rio Grande do Sul e nos demais Estados atingidos. Ainda não é possível dar números. Há lavouras que se recuperam, outras não, ainda pode chover, são graus diferentes de recuperação de lavouras. É preciso monitorar. A ministra afirmou que fez questão de vir ao Estado para ver o que é possível propor para mitigar os problemas. O governo vai procurar minimizar os prejuízos agindo rápido, mas não resolverá tudo. Até esta quarta-feira (12/01), 200 municípios decretaram situação de emergência no Rio Grande do Sul em decorrência da estiagem, sendo que 52 já foram homologadas pelo Estado e 47 foram reconhecidas pela União. Segundo a Emater, até 7 de janeiro, 195 mil propriedades registravam perdas na agropecuária por conta da estiagem. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.