12/Jan/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta terça-feira (11/01). O mercado passou por uma correção após ter recuado quase 2% na sessão anterior. Na segunda-feira (10/01), o mercado caiu muito mais do que deveria do ponto de vista técnico, e uma correção seria necessária. O vencimento março da oleaginosa ganhou 1,75 cent (0,13%), e fechou a US$ 13,86 por bushel. As cotações também foram influenciadas pelo enfraquecimento do dólar ante o Real e pelo avanço do petróleo. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as exportações brasileiras, enquanto a alta do petróleo faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel.

O óleo de soja, que subiu mais de 1%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Além disso, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 100 mil toneladas de soja para o México, com entrega prevista para o ano comercial 2021/2022. Os ganhos, no entanto, foram limitados pela estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira. Em seu 4º Levantamento da Safra de Grãos 2021/2022, a estatal estimou a produção em 140,5 milhões de toneladas, ante 142,8 milhões de toneladas projetadas em dezembro.

No ano passado, o Brasil produziu 137,3 milhões de toneladas de soja. A redução da Conab não foi tão agressiva quanto a de algumas consultorias. Na semana passada, várias consultorias cortaram significativamente suas projeções, por causa da estiagem em áreas da Região Sul do Brasil e no sul de Mato Grosso do Sul. Traders também ajustaram posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do USDA, que será divulgado nesta quarta-feira (12/01). O foco do mercado estará nas estimativas para a produção do Brasil e da Argentina, países onde o tempo seco deve provocar quebras de safra. Quanto à produção e os estoques nos Estados Unidos em 2021/2022, não são esperadas mudanças muito significativas.