12/Jan/2022

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) informou nesta terça-feira (11/01) que 26% das lavouras da oleaginosa se encontram em condições ruins de desenvolvimento, o que representa 970 mil hectares. O diagnóstico fez com houvesse revisão para baixo na estimativa de produtividade para a safra 2021/2022, passando de 56,38 sacas de 60 quilos por hectare, para 53,69 sacas de 60 quilos por hectare. A produtividade, portanto, deve cair 14,5% em relação à da safra passada, quando os produtores colheram 62,84 sacas de 60 quilos por hectare. Outros 23% da área de soja tem condição regular e 51%, boa.

O cenário de estiagem prolongada baixou a estimativa de produção, passando de 12,773 milhões de toneladas para 12,164 milhões de toneladas, redução de 8,6% em relação ao ciclo anterior, quando o Estado colheu 13.306 milhões de toneladas. O produtor vai enfrentar mais uma safra conturbada. O impacto foi muito grande nas regiões sul, sul-fronteira, sudoeste e sudeste, enquanto as regiões norte, oeste, centro e nordeste estão em uma situação mais confortável. As informações coletadas pelo projeto Siga (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio, administrado pela Semagro e Aprosoja/MS), já estão com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, além do governador do Estado.

O estudo também foi dividido com entidades financeiras, que poderão, juntas, tentar minimizar os problemas, criando uma ação conjunta. Houve pouco replantio nesta safra, devido ao volume considerável de chuvas nos meses de setembro e primeiros 10 dias de outubro, que animaram o agricultor na fase de plantio. O produtor estava muito seguro para comercializar nessa época, já fazendo suas travas para garantir os custos de produção. Do total comercializado até o momento, cerca de 36,50%, o maior volume foi feito nesse período de plantio, quando a estimativa era de uma safra mais positiva. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.