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11/Jan/2022

Cocamar: perdas variam entre as lavouras de soja

A Cocamar calcula que as perdas na soja em áreas da cooperativa no norte e noroeste do Paraná, oeste de São Paulo e sul de Mato Grosso do Sul não são uniformes. A quebra na produtividade da oleaginosa varia de 10% a 50% nestas áreas. Como as chuvas foram extremamente desuniformes, típicas de anos de La Niña, algumas lavouras ficaram mais de 45 dias sem nenhuma precipitação. A área cultivada com soja pelos produtores cooperados soma mais de 900 mil hectares. O clima adverso afetou principalmente as áreas semeadas mais cedo.

Nas regiões de Maringá, noroeste do Paraná e no sul de Mato Grosso do Sul, a cooperativa prevê queda de 35% em média na produtividade esperada. No arenito paranaense, a perda média estimada em rendimento é de 50%. Nas regiões de Londrina e norte do Paraná, a previsão da Cocamar é de quebra de 10%. Nas lavouras do Pontal do Paranapanema (SP) e no oeste paulista, a cooperativa afirma que os danos são considerados mínimos, pois as lavouras foram beneficiadas por chuvas abundantes nas fases de enchimento de grãos.

Na região de Maringá (PR), onde está localizada a sede da Cocamar, a escassez hídrica afetou as plantações no momento mais crítico de desenvolvimento, no período de definição de produtividade e enchimento de grãos. Na região, as lavouras começaram a ser semeadas em 10 de setembro e as primeiras áreas estão sendo colhidas. As lavouras vinham bem, com estande adequado e um bom desenvolvimento vegetativo, mas 35 dias de estiagem e altas temperaturas num momento importante reduziram bastante a expectativa de produtividade.

As primeiras áreas colhidas na região em municípios como Floresta e Ivatuba registram médias de produtividade em torno de 20 sacas de 60 quilos por hectare, rendimento três vezes inferior ao esperado em condições climáticas favoráveis. Em contrapartida, para a oleaginosa plantada a partir da primeira quinzena de outubro espera-se uma redução menor de rendimento, considerando a expectativa de umidade adequada a partir desta semana. A produtividade estimada para estas áreas é de 30 sacas de 60 quilos por hectare. Para as lavouras implantadas a partir de 15 de outubro, a projeção é de quebra de 25%, menor em relação às primeiras áreas semeadas.

As lavouras semeadas a partir de novembro contaram com volume maior de chuvas e, por isso, tem melhor potencial de rendimento. As lavouras não apresentam mais o potencial máximo de produtividade, mas, se o tempo ajudar, a colheita pode chegar a 55 sacas de 60 quilos por hectare, em média. A colheita da soja das lavouras dos cooperados da Cocamar deve se intensificar em fevereiro e março. A cooperativa não divulga previsão de recebimento da oleaginosa na safra 2021/2022, em virtude da o cenário incerto. Na temporada 2020/2021, a Cocamar recebeu volume recorde de 1,7 milhão de toneladas de soja. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.