17/Dez/2021

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (16/12), após estimativa de redução na safra brasileira em 2021/2022, para 144,7 milhões de toneladas, ante 145,4 milhões de toneladas no início de novembro. Mesmo assim, a nova projeção ainda representa um recorde. O vencimento março da oleaginosa subiu 13,00 cents (1,03%), e fechou a US$ 12,78 por bushel. A área plantada foi mantida em 40,6 milhões de hectares, mas a produtividade média, que agora é calculada com base nas condições de clima e desenvolvimento das lavouras por Estado, foi reduzida de 59,7 sacas de 60 quilos por hectare para 59,5 sacas de 60 quilos por hectare.

A estimativa para o Paraná foi reduzida em 900 mil toneladas, para 20,9 milhões de toneladas. O corte deveu-se a perdas em áreas mais adiantadas da região oeste, onde a soja já em fase reprodutiva enfrentou calor e falta de chuva em novembro e no começo de dezembro. Apesar das dificuldades no plantio, que ainda está em curso, ainda não houve corte de produção no Rio Grande do Sul, por causa do calendário mais tardio do Estado. Os ganhos também foram sustentados pelo desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 2%. O derivado, por sua vez, foi impulsionado pelo avanço do petróleo e por um anúncio de venda avulsa dos Estados Unidos.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram vendas de 20 mil toneladas de óleo de soja para a Índia, com entrega prevista para o ano comercial 2021/2022. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram dentro do esperado pelo mercado. Segundo o USDA, exportadores venderam 1,309 milhão de toneladas de soja da safra 2021/2022 na semana encerrada em 9 de dezembro. O volume representa queda de 20% ante a semana anterior e de 6% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2022/2023, foram vendidas 140 mil toneladas. A China comprou 985,8 mil toneladas do total.