16/Dez/2021

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago recuperaram perdas e fecharam praticamente estáveis nesta quarta-feira (15/12). O vencimento março da oleaginosa ganhou 0,75 cent (0,06%), e fechou a US$ 12,65 por bushel. O mercado foi influenciado em parte pelo desempenho do óleo de soja, que chegou a cair mais de 2% durante a sessão, mas fechou em alta de 2,35%. Além disso, a percepção era de que o óleo de soja estava sobrevendido depois de ter recuado nos seis pregões anteriores e acumulado perda de 9,71% no período. Esse fator foi contrabalançado pela queda de 1,25% do farelo. Tanto farelo quanto óleo de soja passaram por correção nesta quarta-feira (15/12).

Enquanto o óleo tinha acumulado desvalorização de 9,71% nos seis pregões anteriores, o farelo tinha subido 6,9%. Um maior esmagamento de soja nos Estados Unidos para atender à crescente demanda por farelo pode resultar em um grande volume de óleo de soja sem compradores, tendo em vista que o governo dos Estados Unidos não elevou sua projeção de uso de óleo de soja para a fabricação de biodiesel. Além disso, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) aumentou sua estimativa de exportação brasileira de óleo de soja em 2022, de 900 mil para 1,65 milhão de toneladas, com a decisão do governo de manter o percentual de mistura de biodiesel no diesel em 10%.

Os futuros da soja estão encontrando dificuldades para subir mais porque os US$ 13,00 por bushel são uma resistência forte. No curto prazo, o mercado deve se manter no intervalo atual de preços, entre US$ 12,50 e US$ 13,00 por bushel. O clima em algumas áreas da América do Sul ainda preocupa. A meteorologia informou que o clima na Região Sul do Brasil deve ficar seco por mais ou menos uma semana. As chuvas dos últimos dias favoreceram momentaneamente o desenvolvimento das lavouras, mas foram insuficientes. Na Argentina, após um período de chuvas esparsas, o tempo também volta a ficar seco. Neste fim de semana, há possibilidade de chuvas na Região Sul do País.