08/Dez/2021

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta terça-feira (07/12). Traders ajustaram posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta quinta-feira (09/12). A estimativa para estoques de soja ao fim de 2021/2022 deve ser elevada de 9,25 milhões para 9,61 milhões de toneladas. O vencimento janeiro da oleaginosa recuou 11,25 cents (0,89%), e fechou a US$ 12,50 por bushel. Diante desse contexto (de demanda mais fraca pelo grão dos Estados Unidos), pode ser que realmente haja algum ajuste.

O relatório de dezembro costuma receber pouca atenção, já que apenas o lado da demanda é atualizado no balanço doméstico. Porém, o mercado tem demonstrado interesse em todos os relatórios ao longo do último ano, independentemente das tendências históricas. O USDA informou nesta terça-feira (07/12) que exportadores dos Estados Unidos relataram venda de 123 mil toneladas de soja para destinos não revelados. Muitos analistas acreditam, no entanto, que essa soja deve acabar em portos chineses. Embora a agência venha anunciando nos últimos dias vendas avulsas para a China, as importações chinesas de soja dos Estados Unidos devem cair 20% neste ano em comparação com o ano passado.

De acordo com dados preliminares publicados pela Administração Geral de Alfândegas da China (GACC), o país importou 8,57 milhões de toneladas de soja em novembro deste ano. O volume representa alta de 68% em relação a outubro deste ano, mas queda de 10,6% ante novembro do ano passado. De janeiro a novembro, as importações da oleaginosa somaram 87,65 milhões de toneladas, queda de 5,5% ante igual período de 2020. A demanda da China por soja foi desacelerada este ano pelo declínio nas margens de esmagamento. Além disso, os suinocultores sofreram perdas consideráveis durante algum tempo em virtude da queda dos preços do produto.