07/Dez/2021

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta segunda-feira (06/12). Traders embolsaram lucros após o mercado ter subido 1,85% na sexta-feira (03/12) e acumulado ganho de 1,15% na semana passada. Os negócios também foram influenciados pelo desempenho do farelo de soja, que recuou 1,7% depois de ter avançado quase 3% na sexta-feira (03/12). As perdas foram limitadas pelo fortalecimento do petróleo, que impulsionou as cotações do óleo de soja. O vencimento janeiro da soja em grão recuou 5,75 cents (0,45%), e fechou a US$ 12,61 por bushel.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 2,24 milhões de toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana encerrada em 2 de dezembro, recuo de 0,52% ante a semana anterior. Do total, 1,4 milhão de toneladas tinham como destino a China. No ano comercial corrente, os embarques totais dos Estados Unidos somam 23,57 milhões de toneladas, queda de 21% ante igual período do ciclo anterior. Separadamente, o USDA informou que exportadores relataram venda de 130 mil toneladas de soja para a China, com entrega prevista para o ano comercial 2021/2022.

Apesar dos anúncios recentes de vendas avulsas para a China, as importações chinesas de soja dos Estados Unidos devem cair 20% neste ano em comparação com o ano passado. Os investidores também ajustaram posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do USDA, que será divulgado na quinta-feira (09/12). Normalmente, o relatório de dezembro recebe pouca atenção, já que apenas o lado da demanda é atualizado no balanço doméstico.

Neste ano, no entanto, isso pode ser diferente, já que o mercado demonstrou interesse em todos os relatórios ao longo do último ano independentemente das tendências históricas. De acordo com analistas, a estimativa para estoques de soja ao fim de 2021/2022 deve ser elevada. No Brasil, o plantio de soja atingiu 94% da área estimada até quinta-feira (02/12), em comparação com 90% uma semana antes e 90% em igual período do ano passado. Em virtude do tempo mais seco, apenas o Rio Grande do Sul e Santa Catarina têm ritmo inferior à média.