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06/Dez/2021

Tendência é de preços sustentados no curto prazo

A tendência é de preços sustentados para a soja neste final de entressafra, com as cotações futuras em Chicago oscilando entre US$ 12,70 e US$ 12,80 por bushel para os contratos com vencimentos no primeiro semestre de 2022, dólar no Brasil nos patamares acima de R$ 5,60 e prêmios positivos nos portos brasileiros. Os preços internos da soja e dos derivados, especialmente os do óleo, estão recuando, influenciados por desvalorizações no mercado internacional. Neste caso, temores relacionados ao aparecimento de uma nova variante do coronavírus deixaram agentes cautelosos e resultaram em quedas na Bolsa de Chicago, que voltou a subir na sexta-feira (03/12), com o contrato janeiro/2022 atingindo US$ 12,69 por bushel. Os preços do petróleo recuaram, reforçando a pressão sobre os valores do óleo vegetal. Na Bolsa de Chicago, o contrato Dezembro/2021 do óleo de soja registra queda expressiva de 7,7% nos últimos sete dias. O contrato Dezembro/2021 do farelo de soja apresenta avanço de 0,1% no mesmo comparativo.

No caso da soja em grão, o contrato Janeiro/2022 tem alta de 2,1% nos últimos sete dias. No Brasil, os preços do farelo de soja registram recuo de 1,8% nos últimos sete dias. Para o óleo de soja (posto em São Paulo com 12% de ICMS), a queda no valor é mais intensa, de 2,6% no mesmo período, a R$ 8.220,05 por tonelada. Nos últimos sete dias, o Indicador da soja Paranaguá ESALQ/BM&F, referente ao grão depositado no corredor de exportação e negociado na modalidade spot (pronta entrega), no Porto de Paranaguá, apresenta alta de 2,2%, cotado a R$ 170,56 por saca de 60 Kg. A média ponderada da soja no Paraná, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ registra alta de 1,1% nos últimos sete dias, a R$ 165,69 por saca de 60 Kg. A semeadura no Brasil está na reta final, atingindo 91,5% da área nacional destinada à cultura até o dia 27 de novembro. As atividades estão praticamente encerradas em Mato Grosso, em Mato Grosso do Sul e em São Paulo. Nos demais Estados, 60% da área estimada no Maranhão foi semeada; 97% no Paraná; 88% em Tocantins; 81% em Santa Catarina; 87% na Bahia e 85% no Piauí.

O clima vem favorecendo os trabalhos de campo na maior parte do Brasil, mas, no Rio Grande do Sul, há preocupação com a seca e com as temperaturas elevadas. Ainda assim, os produtores seguem com a semeadura, que já entra na fase final. 80% da área já havia sido semeada no Estado, bem acima dos 63% há um ano. Conforme dados da Bolsa de Cereais de Buenos Aires divulgados no dia 2 de dezembro, chuvas na Argentina limitaram o avanço na semeadura da oleaginosa, que chegou a 46,3% da área prevista, progresso semanal de 7%, mas atraso de 1,9% em relação ao ano passado. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou 2,587 milhões de tonelada de soja em grão em novembro, 21,5% inferior ao volume de outubro/2021, mas expressivos 80,2% acima da quantidade embarcada em novembro/2020. Na parcial do ano, de janeiro a novembro, as exportações da oleaginosa somaram 84,1 milhões de toneladas, 0,8% acima das do mesmo período de 2020. Fontes: Cepea e Cogo Inteligência em Agronegócio.