24/Nov/2021
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade nesta terça-feira (23/11). O mercado foi influenciado em parte pelo recuo do farelo de soja, que vem passando por uma correção após os fortes ganhos das últimas semanas. Apesar das perdas recentes, o derivado ainda acumula valorização de 8% em novembro. A demanda por farelo de soja está aquecida nos Estados Unidos e no Canadá por causa de problemas com a safra canadense de canola. A queda do farelo, porém, foi contrabalançada pelo desempenho do óleo de soja, que acompanhou a alta do petróleo.
O vencimento janeiro da oleaginosa perdeu 1,25 cent (0,10%), e fechou a US$ 12,73 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que produtores de soja do país tinham colhido 95% da safra até o dia 21 de novembro. Os trabalhos estão atrasados na comparação com um ano antes (98%) e com a média dos cinco anos anteriores (96%). Com a colheita quase encerrada, traders começam a fazer especulações sobre a área a ser plantada nos Estados Unidos no ano que vem.
A atual relação de preços favorece a produção de milho em relação à soja, mas algumas consultorias discordam. Essas consultorias acreditam que a alta dos custos de insumos, principalmente para o milho, vai resultar em redução da área de milho e aumento da área de soja e de trigo. Mas, os relatos atuais de aplicação (de fertilizantes) não dão suporte a essa teoria. A principal razão para isso é o grande volume de reservas de caixa em boa parte do Meio Oeste, dados os valores atuais das commodities e altos rendimentos.