22/Nov/2021
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa na sexta-feira (19/11). Os negócios foram influenciados em parte pelo enfraquecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que caiu quase 2%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também pesou sobre os contratos.
O vencimento janeiro da oleaginosa perdeu 2,00 cents (0,16%), e fechou a US$ 12,63 por bushel. A colheita nos Estados Unidos está quase concluída, e traders agora devem voltar suas atenções para a demanda e o clima na América do Sul. A demanda recente tem sido fraca, com importadores aparecendo quando os preços caem e se retraindo quando as cotações sobem. A demanda por soja dos Estados Unidos estava mais forte no começo do ano comercial, mas depois se desacelerou. Isso se deve principalmente à ausência da China.
A questão agora é se a demanda vai retornar no restante do ano. Isso poderia ocorrer em caso de problemas com a safra sul-americana. No Brasil, o clima tem sido em grande parte favorável. De acordo com a meteorologia, chuvas em áreas centrais do País continuam favorecendo o desenvolvimento da soja. No entanto, há preocupação com o clima mais seco associado ao fenômeno La Niña na Região Sul do Brasil. Se o tempo seco persistir até janeiro, poderá afetar a produtividade, já que boa parte das lavouras na Região Sul estará em fase de enchimento de grãos.