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19/Nov/2021

Futuros da soja caem com movimento de correção

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) reverteram ganhos iniciais e fecharam em baixa nesta quinta-feira (18/11). O mercado passou por uma correção após ter subido em seis dos sete pregões anteriores e acumulado ganho de 7,4% no período. Os contratos também foram pressionados pela colheita nos Estados Unidos, que está nos estágios finais, e pelo avanço do plantio no Brasil. A semeadura da safra de soja 2021/2022 no País avançou 9% na semana encerrada em 12 de novembro, para 81,9% da área esperada. Na comparação anual, os trabalhos de campo continuam mais avançados, uma vez que na mesma data de 2020 o plantio estava em 71,7% e na média dos últimos anos, em 65,8%. O vencimento janeiro da oleaginosa caiu 11,75 cents (0,92%), e fechou a US$ 12,65 por bushel. Dados de vendas externas dos Estados Unidos vieram dentro da expectativa do mercado.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores venderam 1,382 milhão de toneladas de soja da safra 2021/2022 na semana encerrada em 11 de novembro. O volume representa alta de 13% ante a semana anterior, mas queda de 20% ante a média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2022/2023 foram comercializadas 7,8 mil toneladas. A China comprou 727,5 mil toneladas do volume total. Números do Departamento de Alfândegas da China (GACC) mostraram que o país asiático importou um total de 5,11 milhões de toneladas de soja em outubro, queda de 41,1% na comparação com igual mês do ano passado. Nos dez primeiros meses do ano, o país asiático importou 79,08 milhões de toneladas da oleaginosa. Importadores chineses estão monitorando a safra brasileira 2021/2022 na expectativa de adquirir mais volumes a preços atrativos no Brasil.

A China sabe que a soja no Brasil vai ficar disponível mais cedo nesta safra. Com o câmbio, o exportador brasileiro tem poder de barganha para conseguir um melhor preço em Real, e os chineses estão aguardando a chegada da soja brasileira para comprar no Brasil antes do Ano Novo Lunar, em fevereiro. O Conselho Internacional de Grãos (IGC) manteve sua estimativa de produção global de soja em 380 milhões de toneladas, 3,8% maior em relação aos 366 milhões de toneladas de 2020/2021. As perspectivas atualizadas para o Brasil e a região do Mar Negro compensaram um número menor da safra dos Estados Unidos. A projeção de consumo foi reduzida em relação a outubro, de 376 milhões de toneladas para 375 milhões de toneladas. Já a projeção de estoques permaneceu em 60 milhões de toneladas, 5 milhões de toneladas a mais que o estimado para 2020/2021.