17/Nov/2021
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago terminaram em queda nesta terça-feira (16/11). Os contratos foram pressionados pela valorização do dólar ante uma cesta com outras moedas estrangeiras relevantes e ante o Real. A conjuntura tende tornar as commodities produzidas nos Estados Unidos menos atraentes para compradores estrangeiros e estimula as exportações do Brasil, principal concorrente dos Estados Unidos neste mercado.
O vencimento janeiro do grão, o mais líquido, perdeu 6,00 cents (0,48%) e fechou a US$ 12,51 por bushel. As conversas entre os presidentes de Estados Unidos e China, Joe Biden e Xi Jinping, respectivamente, também pressionam os grãos. Os líderes trataram pouco de comércio internacional ou problemas nas cadeias globais, as principais preocupações dos traders. A atenção está nas conversas entre Biden e Xi, mas o governo norte-americano minimizou progresso em relação a comércio e outros assuntos até agora.
O que limitou as perdas foi a perspectiva de maior demanda pela oleaginosa. De acordo com dados da Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa0, o esmagamento no país totalizou 5,01 milhões de toneladas em outubro, 19,6% a mais do que em setembro e acima da expectativa do mercado, que era de 4,95 milhões de toneladas. Além disso, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país relataram vendas 161 mil toneladas de soja para destinos não revelados.