28/Out/2021
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam perto da estabilidade pelo segundo pregão consecutivo nesta quarta-feira (27/10). Assim como na sessão anterior, a perspectiva de demanda pelo grão norte-americano foi contrabalançada pelo enfraquecimento do óleo de soja. O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 1,25 cent (0,10%), e fechou a US$ 12,39 por bushel, enquanto o óleo de soja caiu 1,43%. Embora o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não tenha anunciado nova venda avulsa de soja para o exterior, traders acreditam que a demanda deve se acelerar nas próximas semanas. A China deve retornar ao mercado norte-americano em breve.
O Brasil deve esgotar seus estoques exportáveis no futuro próximo, deixando os Estados Unidos como o principal fornecedor no mercado global. Além disso, os estoques de soja disponível na China devem estar próximos de se esgotar. A China virá em algum momento ao mercado e concentrará as compras no mercado norte-americano. O line up de navios indica que os Estados Unidos devem embarcar 4,84 milhões de toneladas, o que seria um novo recorde. As inspeções de soja para exportação nas próximas semanas deverão refletir esse volume expressivo. Toda a soja que aguarda ser carregada nos Estados Unidos tem como destino a China.
Os embarques ao país asiático neste mês devem alcançar 8,37 milhões de toneladas. Caso a estimativa se confirme, o volume será quase 10 vezes maior do que as exportações de setembro e chegará perto dos 8,72 milhões de toneladas do ano passado. O desempenho do óleo de soja, no entanto, continua influenciando fortemente os preços da soja em grão. O derivado recuou nesta quarta-feira (27/10) acompanhando a queda do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.