08/Out/2021
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o esmagamento de soja em agosto diminuiu 3,3% na comparação com igual mês de 2020, para 3,354 milhões de toneladas. Os números consideram o volume processado pelas associadas da Abiove, que são responsáveis por 85% do esmagamento no País. No acumulado de janeiro a agosto, foram processados 26,682 milhões de toneladas de soja, retração de 1,5%, na mesma base de comparação. É o menor patamar desde fevereiro. De forma geral, a redução do processamento no Brasil em um ano de safra recorde e expressivo estoque final da soja em grão decorre das intervenções realizadas pelo governo na mistura de biodiesel. Os dados nacionais contrastam com as estatísticas da OilWorld, consultoria alemã especializada no mercado de oleaginosas, que indicam um aumento do esmagamento global entre as safras de 2019/2020 e 2020/2021, em razão da maior necessidade de farelos e óleos no mundo.
De janeiro a agosto, o consumo interno de farelo de soja somou 9,574 milhões de toneladas, considerando as associadas da Abiove, enquanto as exportações do derivado chegaram a 11,720 milhões de toneladas. No caso do óleo de soja, o consumo interno nos oito primeiros meses do ano chegou a 4,408 milhões de toneladas e a exportações, 1,060 milhão de toneladas. As exportações acumuladas de soja em grão atingiram 72,692 milhões de toneladas. Os estoques do grão das associadas somavam, em agosto, 10,334 milhões de toneladas; de farelo de soja, 1,420 milhão de toneladas e de óleo, 414 mil toneladas. Apesar do menor processamento em agosto, a estimativa de processamento em 2021 foi mantida em 46,5 milhões de toneladas de soja e estoque final do grão em 5,764 milhões de toneladas. Também permaneceram inalteradas as projeções para exportação no ano, em 86 milhões de toneladas, e importação, em 900 mil toneladas. A estimativa de consumo doméstico de farelo em 2021 foi elevada em 2,9%, para 17,9 milhões de toneladas, acima dos 17,4 milhões de toneladas previstos no mês passado.
A projeção de importação foi reduzida em 75%, de 6 milhões de toneladas em setembro para 2 milhões de toneladas agora. A previsão de consumo interno de farelo também foi revisada para baixo, de 2,718 milhões de toneladas no mês passado para 2,213 milhões de toneladas em outubro, queda de 18,6%. As alterações foram feitas com base em avaliações das áreas de inteligência de mercado de suas associadas. A projeção de produção de farelo de soja, assim como de processamento, foi mantida em 35,539 milhões de toneladas. Com relação ao óleo de soja, todas as estimavas para 2021 foram mantidas: produção de 9,398 milhões de toneladas, importação de 200 mil toneladas, exportação de 1,2 milhão de toneladas, consumo interno de 8,7 milhões de toneladas e estoque final de 113 mil toneladas. Após a atualização dos preços de referência dos contratos internacionais, a associação estima que o complexo soja gere US$ 47,2 bilhões em receita neste ano. Pelos dados oficiais do Ministério da Economia, este valor é de US$ 35,2 bilhões em 2020. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.