07/Out/2021

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) avaliou que na audiência pública da Comissão de Infraestrutura realizada na terça-feira (05/10) no Senado surgiram declarações equivocadas acerca do teor e questionamentos sobre a qualidade do biodiesel, possíveis problemas mecânicos atribuídos ao seu uso, aumento dos custos de manutenção, e até a respeito de testes que não confirmaram a viabilidade do B15 (15% de biodiesel adicionado ao diesel).

Para a entidade, o foco da discussão deveria ser melhorar a qualidade do produto por meio de boas práticas e respeitando as especificações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e não querendo interferir no cronograma de mistura já aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A entidade destaca que a decisão sobre o teor de biodiesel é do governo federal. Rebate declarações sobre eventuais danos aos motores.

Em raríssimos casos foram apresentados dados objetivos da relação entre problemas específicos e o biodiesel. A respeito de custos adicionais de manutenção, todo combustível tem benefícios e custos para seus consumidores. A utilização crescente de biodiesel traz inúmeros benefícios: menor emissões de GEE e de particulados, produção pulverizada no País, geração de empregos locais, adição de valor à soja, geração de valor em resíduos (economia circular). O biodiesel brasileiro é produzido a partir de uma ampla oferta de matérias-primas.

O diálogo de setores com a indústria de biodiesel não está ocorrendo. Nunca houve este diálogo com os produtores de biodiesel. A Abiove procurou essas empresas algumas vezes, propôs reuniões, mas as empresas afirmaram que não tinham interesse em trabalhar com produtores de biodiesel. Nenhuma delas teve interesse em conhecer o Bio+, o programa de certificação de qualidade, lançado em março de 2020. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.