06/Out/2021

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (05/10). O mercado passou por uma correção após ter atingido ontem o menor nível em nove meses. A soja começou a ficar barata para compradores. A China, até agora, comprou pouca soja dos Estados Unidos. Além disso, perto de US$ 12,00 por bushel o produtor norte-americano começa a segurar o produto no mercado físico. O desempenho do óleo de soja, que subiu quase 4%, também deu suporte às cotações do grão.

O vencimento novembro da oleaginosa subiu 14,75 cents (1,19%), e fechou a US$ 12,50 por bushel. Os preços também não estão mais reagindo aos dados publicados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que mostraram estoques mais confortáveis do que o esperado. Com três quedas seguidas, a influência dos números de estoques se estendeu até onde era possível. Traders aguardam novidades do lado da demanda, após o governo do presidente Joe Biden ter indicado que deve pressionar a China a cumprir os compromissos assumidos na “Fase 1” do acordo comercial entre os dois países.

Essa pressão incluiria a manutenção de tarifas sobre produtos chineses impostas durante o governo de Donald Trump. A notícia chega num momento em que as compras chinesas de produtos agrícolas parecem estar paradas. A China está atualmente em seu feriado da Semana Dourada, que termina no dia 7 de outubro. Depois disso, o mercado vai monitorar possíveis anúncios do USDA de vendas avulsas para o país asiático. O USDA informou na segunda-feira (04/10) que a colheita nos Estados Unidos estava 34% concluída até o dia 3 de outubro. Os trabalhos estão levemente atrasados em relação ao ritmo do ano passado (35%), mas 8% adiantados na comparação com a média dos cinco anos anteriores (26%).