23/Set/2021
Os futuros de soja fecharam em alta nesta quarta-feira (22/09) na Bolsa de Chicago, mas com ganhos bem menores do que os do milho e do trigo. O desempenho refletiu em parte o avanço do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que subiu quase 2%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O vencimento novembro da soja ganhou 8,75 cents (0,69%), e fechou a US$ 12,82 por bushel. Traders, no entanto, adotaram uma postura mais cautelosa, já que a colheita de soja ainda está nos estágios iniciais.
Também pesou sobre os negócios a ausência de grandes novidades nos fundamentos. É difícil acreditar que compradores vão entrar agressivamente no mercado quando a colheita está apenas começando. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que produtores do país tinham colhido 6% da safra até o dia 19 de setembro, em linha com a média dos cinco anos anteriores. A ausência de novas compras chinesas também impediu uma alta mais acentuada dos preços. Nesta quarta-feira (22/09), pelo terceiro dia seguido, o USDA não anunciou venda avulsa para a China.
As vendas norte-americanas estão bem abaixo do esperado para esta época do ano, mas a expectativa é de que as compras chinesas acabem ganhando força. Mas, a China não deve diminuir de forma considerável sua demanda, pois o país produz pouco e não há outras alternativas à soja para utilizar na ração animal. Além disso, o rebanho suíno chinês está quase recuperado da peste suína africana (PSA). Relatos indicam que o país asiático ainda precisa cobrir 25% de suas necessidades de soja para outubro, mas continua dando preferência ao grão brasileiro.