21/Set/2021
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em queda nesta segunda-feira (20/09), refletindo um sentimento global de aversão a risco em meio a preocupações com o setor imobiliário na China. Os pontos de discussão para a fraqueza estão relacionados ao risco de inadimplência da empresa imobiliária chinesa Evergrande e à incerteza em torno das negociações do teto da dívida dos EUA. Essas preocupações levaram a uma liquidação de ativos de maior risco, como ações e commodities. A carga da dívida da Evergrande é a maior para qualquer empresa de gestão ou incorporação imobiliária de capital aberto no mundo. O vencimento novembro da soja caiu 21,50 cents (1,67%), para US$ 12,62 por bushel. O progresso da colheita de soja nos EUA também pesou sobre as cotações. O Departamento de Agricultura do país (USDA) publica após o fechamento do mercado seu relatório semanal de acompanhamento de safra, e o documento deve mostrar o início dos trabalhos.
Traders também esperam relatos de produtores para saber se o rendimento deve ser tão bom quanto o governo dos EUA vem indicando. Dados divulgados na segunda-feira mostraram melhora das exportações dos EUA na semana encerrada em 16 de setembro. 275.169 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos no período, aumento de 42,2% ante a semana anterior. Apesar da melhora, os embarques estão bem abaixo dos registrados no ano passado. Desde o início do ano comercial 2021/2022, em 1º de setembro, foram inspecionadas apenas 500 mil toneladas de soja, em comparação a 3,7 milhões de toneladas em igual período do ciclo anterior. O desempenho ainda fraco se deve aos problemas causados pelo furacão Ida à infraestrutura de exportação do Rio Mississippi.