16/Set/2021
Os futuros de soja fecharam em alta nesta quarta-feira (15/09) na Bolsa de Chicago. Os ganhos foram sustentados pelo desempenho do óleo de soja, que avançou mais de 2%. O derivado, por sua vez, foi influenciado pela alta do óleo de palma e do petróleo. Os dois óleos vegetais são concorrentes em alimentação e na fabricação de biodiesel. O avanço do petróleo faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. A percepção de que o mercado está sobrevendido também estimulou algumas compras.
Os preços da soja recuaram em cinco dos seis pregões anteriores e acumularam perda de mais de 5% no período. O vencimento novembro da oleaginosa subiu 12,00 cents (0,94%), e fechou a US$ 12,94 por bushel. A ausência de novidades nos últimos dois dias vinha mantendo as cotações próximas da estabilidade, e sinais de demanda poderiam mudar essa tendência. No entanto, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou nesta quarta-feira (15/09) que exportadores relataram o cancelamento de vendas de 328 mil toneladas de soja. Do volume total, 196 mil toneladas foram canceladas por destinos não revelados e 132 mil toneladas, pela China.
As vendas de soja norte-americana da safra nova estão 30% abaixo do volume registrado um ano antes, e que as compras chinesas continuam aquém das projeções do USDA. A demanda chinesa continua sendo questionada, mas que os preços da soja provavelmente já estabeleceram um piso para o ano. Os importadores chineses podem recorrer a outras origens para suprir suas necessidades de soja, após as exportações dos Estados Unidos terem se desacelerado como resultado da passagem do furacão Ida pela região do Golfo. Porém, que os terminais de exportação no Rio Mississippi estão retomando as operações.