14/Set/2021
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta segunda-feira (13/09). Traders mantiveram uma postura cautelosa após o governo dos Estados Unidos ter elevado suas estimativas de produção e rendimento na sexta-feira (10/09). Além disso, a proximidade da colheita também deixa o mercado hesitante em puxar os preços para cima. Porém, o espaço para queda parece ser limitado após as perdas recentes. O vencimento novembro da oleaginosa cedeu 1,75 cent (0,14%), e fechou a US$ 12,84 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou a safra norte-americana de soja em 119,04 milhões de toneladas, ante 118,08 milhões de toneladas previstas no relatório de agosto. Passado o relatório mensal do USDA, o mercado deve se concentrar na demanda pelo grão norte-americano, que segue consistente.
O governo dos Estados Unidos informou que exportadores relataram venda de 132 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2021/2022. No entanto, os volumes vendidos até agora estão abaixo do esperado. Dados mostraram que 105.368 toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos dos Estados Unidos na semana encerrada em 9 de setembro, aumento de 16,3% ante a semana anterior. Apesar do aumento, o volume ainda é muito pequeno, principalmente por causa dos danos causados pelo furacão Ida em instalações no Rio Mississippi. Desde o início do ano comercial 2021/2022, em 1º de setembro, os embarques dos Estados Unidos somaram 135.722 toneladas, em comparação a 2,3 milhões de toneladas no período correspondente da temporada passada.
Traders também começam a prestar atenção à safra brasileira. Já há registro pontual de plantio em alguns talhões do oeste e do sudoeste do Paraná que receberam volumes de chuva mais expressivos nos últimos dias. A semana passada foi marcada por pancadas de chuva pontuais em áreas de soja de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. Embora os volumes ainda sejam pequenos e mais umidade seja necessária para o início da safra 2021/2022, as precipitações registradas desde o fim de agosto são melhores que as observadas no mesmo período do ano passado e têm animado os produtores às vésperas do fim do vazio sanitário. No ano passado, o plantio no Brasil sofreu atrasos por causa do clima seco. Com a expectativa de que os trabalhos se iniciem mais cedo neste ano, é possível que os Estados Unidos tenham concorrência do Brasil no mercado de exportação já em janeiro, o que reduziria as oportunidades de vendas.