03/Set/2021
Os baixos níveis que estão sendo registrados no Rio Paraguai fazem com que os graneleiros que trafegam pela hidrovia tenham que navegar carregados até a metade de sua capacidade, situação que resultou em atrasos no transporte de grãos e outros produtos. Segundo os Exportadores de Cereais e Oleaginosas do Paraguai, a situação é crítica e delicada. Grande parte dos porões de carga permanecem sem uso, o que se traduz em um custo direto para o transporte dos produtos até o Río de La Plata (estuário da Argentina).
Segundo especialistas, o fenômeno, iniciado há três anos, deve durar pelo menos até 2022, prejudicando o comércio. Diante desse cenário, a situação obriga os exportadores a buscar alternativas, como rotas terrestres para os portos do Brasil, para cumprir os contratos. No final do ano, ainda haverá estoque de mercadorias para exportar, tanto para a indústria quanto para a soja. A nova safra terá que esperar em silos até que seja possível liberar a antiga.
Segundo o Centro de Armadores Fluviais e Marítimos do Paraguai, a estiagem, provocada pela baixa pluviosidade, está fazendo com que o tempo de viagem triplique. Todo o comércio está atrasado. É um ano muito complicado, pois 96% do comércio exterior do Paraguai é feito pelo rio e isso tem um impacto muito importante na economia nacional. Fonte: Portal Portuário. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.