ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

30/Ago/2021

Futuros recuam com preocupações sobre demanda

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa na sexta-feira (27/08), em meio a preocupações com a demanda pelo grão norte-americano. Embora o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) venha anunciando vendas avulsas quase diariamente nas últimas semanas, o volume está abaixo do esperado. A demanda externa tem sido decepcionante. A expectativa é de que a demanda aumente com a proximidade do fim do ano e dê suporte aos preços. O USDA informou na sexta-feira (27/08) que exportadores relataram venda de 129 mil toneladas de soja para a China, com entrega prevista para o ano comercial 2021/2022.

O vencimento novembro da oleaginosa recuou 3,00 cents (0,23%), e fechou a 13,23 por bushel. Possíveis reduções nas exigências de mistura de biocombustíveis nos Estados Unidos também pesaram sobre os contratos. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) propôs uma redução retroativa nos volumes de biocombustíveis que refinarias do país teriam de misturar a combustíveis fósseis em 2021. Isso pode trazer alívio para as refinarias, mas deve causar descontentamento entre agricultores e a indústria de biocombustíveis, já que o óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação de biodiesel. A EPA enviou para avaliação da Casa Branca sua proposta com os volumes obrigatórios para 2021 e 2022.

O mercado também foi pressionado pelo clima úmido em áreas de cultivo dos Estados Unidos. Minnesota e Iowa tiveram o melhor volume de chuvas da temporada de desenvolvimento. Segundo a meteorologia, ao longo desta semana todo o Meio Oeste deve ter chuvas, principalmente o oeste da região. No norte das Grandes Planícies, a expectativa também é de precipitações nesta semana, mas a seca na região persiste. A umidade ainda pode melhorar o rendimento da soja no Meio Oeste, mas no norte das Grandes Planícies o benefício deve ser mínimo. As perdas foram limitadas pelo enfraquecimento do dólar ante as principais moedas, que torna commodities produzidas nos Estados Unidos mais atraentes para compradores estrangeiros.