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27/Ago/2021

Safra 2021/2022 deverá ter lucratividade positiva

A perspectiva de renda para os sojicultores brasileiros na safra 2021/2022 indica ganhos, mais uma vez, que deverão ser apenas um pouco abaixo dos excelentes desempenhos que vêm sendo observados na safra atual. Caso essa sinalização se confirme, será o 16º ano consecutivo de avanço da renda de boa parte dos produtores de soja do País. A comercialização da safra de soja 2021/2022, que começará a ser plantada em breve, já atinge 25% e com preços médios muito remuneradores. Para esse sentimento de renda positiva dar errado, somente em situação de perdas mais severas na produtividade, como foi o caso do Rio Grande do Sul e Santa Catarina na safra atual. E há motivo para alguma preocupação na Região Sul novamente este ano.

A observação geral é de que a combinação das variáveis que determinam a lucratividade bruta, definida pela relação entre a receita obtida e o custo de produção, penderá outra vez para o lado positivo para a maior parte dos produtores. A favor do resultado financeiro deste novo ano está a perspectiva de boa produtividade média, em virtude do bom nível tecnológico e do clima ainda predominantemente regular em tempos de La Niña fraco. No entanto, prevê-se custos de produção muito maiores, especialmente por causa da força na taxa de câmbio. Em relação aos preços médios, a previsão inicial é de que sejam conservadores sobre o ano atual, mas provavelmente bem acima das médias normais. Observa-se forte elevação nos custos operacionais de produção da soja para a safra 2021/2022 em Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, os três principais produtores da oleaginosa no País.

E este é um ponto importante para a definição da renda desta temporada, por impor limites aos resultados dos produtores. Além da elevada necessidade de gastos com insumos, nota-se a influência da manutenção de elevada taxa de câmbio na temporada e o aumento bem expressivo nos custos fixos. Está sendo considerado câmbio um pouco abaixo em relação a 2021, mas ainda em patamar elevado, sujeito a turbulências em função das eleições presidenciais. No mercado de futuros de grãos da Bolsa de Chicago, a previsão é de alguma redução sobre 2021, mas também acima da média normal. E nos prêmios de exportação, indicações de relativa proximidade ao ano atual, com pressão maior apenas no período de colheita. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.