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27/Ago/2021

Biodiesel: produção argentina deve ter forte queda

Segundo o adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Buenos Aires, a produção de biodiesel na Argentina em 2021 deve ser uma das menores desde que a indústria do país foi criada, em 2007. O volume este ano está projetado em 1,54 bilhão de litros, o segundo menor nível dos últimos 11 anos, acima apenas da produção de 2020. Embora as exportações tenham praticamente voltado aos níveis anteriores à pandemia, a produção para atender às exigências de mistura do país deve alcançar apenas 500 milhões de litros em 2021.

O volume é bem menos da metade dos níveis pré-pandêmicos e o menor desde o início do programa, com uma taxa média de mistura de 4%. Isso se deve, entre outros fatores, ao não cumprimento das exigências de mistura, ao fraco consumo de diesel por causa da recessão econômica e à nova lei dos biocombustíveis na Argentina. Aprovada em julho, a lei reduz de 10% para 5% a mistura obrigatória de biodiesel no diesel, e permite que a Secretaria de Energia reduza esse porcentual para até 3%, dependendo das condições de mercado. A capacidade ociosa em 2021 deve ficar em 65%.

A Argentina tem 33 usinas de biodiesel, com capacidade total de produção de 4,43 bilhões de litros. Essas usinas usam quase exclusivamente óleo de soja como matéria-prima. As exportações argentinas em 2021 devem somar 1,1 bilhão de litros, um aumento de 63% ante a fraca base de comparação de 2020. A União Europeia continua sendo o único mercado de escoamento do biodiesel argentino, atendendo a uma cota anual de 1,36 bilhão de litros a um preço mínimo de importação. As exportações para os Estados Unidos e o Peru parecem improváveis devido às altas tarifas de importação. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.