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23/Ago/2021

Futuros têm nova queda acompanhado óleo de soja

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (20/08), ampliando as perdas da sessão anterior. O mercado foi influenciado pelo desempenho do óleo de soja, que caiu mais de 5%. O derivado acompanhou o petróleo, que recuou pelo sétimo pregão consecutivo. A queda do combustível fóssil faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O petróleo vem sendo afetado pela possibilidade de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) inicie o processo de retirada de estímulos, conhecido como "tapering", ainda neste ano. O vencimento novembro da oleaginosa recuou 29,25 cents (2,22%), e fechou a US$ 12,90 por bushel.

Nos últimos sete dias, a perda acumulada é de 5,4%. Fundos de investimento também liquidaram posições compradas em meio a temores relacionados ao avanço da variante delta do novo coronavírus. A Covid-19 está de volta e Chicago introduziu uma nova obrigatoriedade de uso de máscara em espaços públicos. Há temores de novos lockdowns e do que isso pode significar para as economias mundiais e o potencial de demanda. A ausência de nova venda avulsa de soja norte-americana também pesou sobre os contratos. Até o dia 19 de agosto, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) tinha anunciado vendas por 11 sessões consecutivas.

No período, o volume totalizou 2,715 milhões de toneladas, sendo 1,245 milhão de toneladas para a China, 1,322 milhão de toneladas para destinos não revelados e 148,59 mil toneladas para o México. A pressão de venda pode estar relacionada em parte aos relatos da expedição Pro Farmer Crop Tour, que vêm sugerindo que a condição das lavouras no Meio Oeste dos Estados Unidos é melhor do que se esperava. De acordo com o último boletim diário da expedição, a contagem de vagens de soja em Iowa foi de 1.217,80 por jarda quadrada (1 jarda quadrada = 0,836 metro quadrado), alta de 6,2% na comparação com um ano antes e de 5,5% ante a média dos últimos três anos. Em Minnesota, a contagem foi de 1.027,33 vagens, queda de 5,4% e 1,9%, respectivamente.