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05/Ago/2021

Biodiesel: B13 e B14 exigem maior esmagamento

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) afirmou que, caso em 2022 esteja em vigor a regra que estabelece em 13% a mistura do biodiesel ao diesel e que a partir de março o percentual aumente para 14%, será necessário produzir 6,65 milhões de toneladas de óleo vegetal especificamente para tal finalidade. Neste caso, o esmagamento teria de chegar a quase 49 milhões de toneladas de soja, o que seria ótimo para a indústria de carnes, porque a disponibilidade de farelo seria muito grande, tendo em vista que, do que é esmagado, em torno de 20% vira óleo e o restante é farelo.

Neste ano, a perspectiva é de que 46,5 milhões de toneladas de soja sejam esmagadas. Dos 8,7 milhões de toneladas de óleo de soja que devem ser consumidos pelo mercado interno em 2021, 5,08 milhões irão para a produção de biodiesel. A expectativa é de que esse volume chegasse a 5,5 milhões de toneladas, foi mais a demanda por diesel do que a redução da mistura que afetou o número. O mandato B13 (de 13% de biodiesel no diesel) deveria estar em vigor desde março e o percentual de mistura foi reduzido para 10%, retornando para 12% no último leilão de biodiesel.

Em 2021, quem criou muita incerteza no mercado de biodiesel foi o governo. Há grande indefinição quanto ao mercado de biodiesel em 2022, inclusive porque o governo planeja, a partir de janeiro do ano, colocar fim aos leilões de biodiesel e adotar o sistema de venda direta do biocombustível. Tal modelo terá impacto financeiro para as empresas do setor, em função da cobrança de ICMS. Se alguma empresa compra muito óleo de outro Estado, pode ter um problema enorme. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.