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27/Jul/2021

Futuros em alta com o dólar mais fraco ante Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (26/07). Os ganhos foram sustentados pelo desempenho do óleo de soja, que avançou mais de 1%. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas brasileiras, também deu suporte às cotações. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. Além disso, o mercado passou por uma correção após ter acumulado perda de 2,73% nas duas sessões anteriores. O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 6,00 cents (0,44%) e fechou a US$ 13,57 por bushel.

Traders continuam atentos ao clima em regiões de cultivo dos Estados Unidos. Historicamente, agosto é o mês em que o clima começa a ser um fator mais importante na safra de soja. Segundo a meteorologia, áreas no noroeste do Meio Oeste continuam secas, mas há chance de chuvas mais distribuídas a partir de quarta-feira (28/07). No norte das Grandes Planícies, as temperaturas devem diminuir nos próximos dias, mas ainda serão suficientes para prejudicar o desenvolvimento das lavouras. Incertezas quanto à demanda chinesa impediram uma alta mais acentuada dos preços. No primeiro semestre deste ano, a China importou 48,95 milhões de toneladas de soja, um aumento de 9% em relação a igual período do ano passado. No entanto, as importações começaram a diminuir em maio, e, com margens negativas de esmagamento e desaceleração da demanda do setor de suínos, esse padrão deve continuar.

Isso se deve em parte à queda dos preços de carne suína na China e à substituição de farelo de soja e milho por outros grãos em ração animal. A tensão entre Estados Unidos e China também preocupa investidores. A China culpou os Estados Unidos pela deterioração das relações bilaterais e conclamou o governo norte-americano a mudar sua mentalidade altamente equivocada e política perigosa, durante cúpula de representantes dos países na cidade chinesa de Tianjin. Em resposta, a vice-secretária de Estado norte-americana, Wendy Sherman, pediu que a China olhe além das diferenças entre os dois países e aja como uma potência global responsável.