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19/Jul/2021

RS: estudo do desempenho das cultivares de soja

O Ensaio de Cultivares em Rede (ECR), que reúne dados sobre o desempenho de diferentes cultivares nas principais regiões produtoras de soja do Rio Grande do Sul, mostra que na safra 2020/2021 o potencial produtivo é de até 122 sacas de 60 quilos por hectare, enquanto a média do Estado está em 57,2 sacas de 60 quilos por hectare. O principal objetivo da rede experimental de soja é fornecer informações adicionais aos produtores e assistência técnica. O levantamento é realizado há mais de uma década pelo Sistema Farsul e Fundação Pró-Sementes. Para argumentar a importância da escolha da variedade de soja, a Fundação Pró-Sementes relatou o exemplo de Fundo. A diferença de produtividade entre as cultivares de maior e menor rendimento foi de 27 sacas de 60 quilos por hectare.

Com um preço médio de R$ 150,00 por saca de 60 Kg, a definição da variedade pode significar R$ 4.050,00 de impacto nos rendimentos do produtor. Na safra 2020/2021, os ensaios foram conduzidos em 11 municípios, dentro das três microrregiões produtoras no Estado. A pesquisa foi realizada em Pelotas, Cachoeira do Sul, Cacequi, São Gabriel, Bagé, São Luiz Gonzaga, Júlio de Castilhos, Santo Augusto, Passo Fundo, Lagoa Vermelha e Vacaria em duas épocas de semeadura. Foram avaliadas 39 cultivares definidas pela maior representatividade de hectares aprovados para produção de sementes e que são indicadas pelo Zoneamento Agrícola do Ministério da Agricultura para o Rio Grande do Sul.

As condições climáticas na safra 2020/2021 foram bem variáveis no Rio Grande do Sul, mas de modo geral foi um bom ano para a sojicultura no Estado, tendo em vista que os modelos climáticos estimavam baixos índices pluviométricos ao longo do desenvolvimento da cultura. Os meses de novembro, fevereiro e abril foram meses de pouca chuva, o que prejudicou o estabelecimento dos ensaios em algumas regiões como Bagé, Cachoeira do Sul, Cacequi e São Luiz Gonzaga e no estágio de maturação, enchimento de grãos em materiais de grupo de maturação mais longos nas regiões mais frias como Passo Fundo, Lagoa Vermelha e Vacaria. Na microrregião 101, a maior produtividade ficou com a cultivar 95R90IPRO, com 122 sacas de 60 quilos por hectare na segunda época de semeadura nos ensaios de Pelotas. Na primeira época, o destaque foi a 95R51 com 109 sacas de 60 quilos por hectare em São Gabriel.

Na microrregião 102, a Neo 610 IPRO atingiu 122 sacas de 60 quilos por hectare, em Santo Augusto, na primeira época. Na segunda época, o primeiro lugar ficou com a cultivar BRS 5804, mas com produtividade de 103 sacas de 60 quilos por hectare, em Passo Fundo. Na microrregião 103, três cultivares dividiram a primeira colocação, BRS 5804 RR, DM 57I52RSF IPRO, ambas na primeira época, e DM 5958 RSF IPRO, segunda época, com 85 sacas de 60 quilos por hectare em Vacaria. Todos resultados são relativos ao ciclo precoce. O estudo é fundamental para os produtores de soja no Rio Grande do Sul. A pesquisa não trata de uma competição entre sementes comercializadas no Estado. Não existe o melhor ou pior material para o Rio Grande do Sul, existem diversos materiais para variadas regiões. A publicação é um guia para definir as genéticas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.