14/Jul/2021

Segundo o Itaú BBA, o espaço para quedas adicionais e abruptas dos preços internacionais da soja é limitado, apesar da volatilidade causada pelas mudanças nos mapas climáticos para os Estados Unidos. Isso porque, mesmo em um cenário de boas condições para o desenvolvimento da safra norte-americana, o balanço local seguirá bastante desconfortável com os estoques de passagem ainda em níveis muito baixos.

Partindo da premissa de uma boa safra 2021/2022 na América do Sul, ainda que persistam incertezas em relação à área e à tecnologia na Argentina a oferta seguirá bastante equilibrada em relação à demanda, de tal sorte que os estoques mundiais seguirão sem grandes alívios. Contudo, uma possível redução da mistura de biodiesel nos Estados Unidos e as baixas margens de esmagamento de soja na China, influenciadas pela queda da rentabilidade do suinocultor local, podem pressionar as cotações.

Para o Brasil, a projeção é de preços firmes nos próximos meses, seguindo as cotações internacionais, mas também a recuperação do valor dos prêmios nos portos devido à redução sazonal da disponibilidade do grão. O maior risco para as cotações, entretanto, segue sendo a pressão de valorização do real devido ao cenário de aumento de juros atrelados aos bons níveis de preços de commodities e melhora da atividade econômica. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.