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05/Jul/2021

EUA terá limitação para exportar no 2º semestre

A oferta doméstica reduzida e a alta demanda de esmagadoras devem limitar os volumes de exportação de soja dos Estados Unidos no segundo semestre, quando cerca de dois terços da oleaginosa norte-americana são embarcados. A previsão é do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os estoques ao fim de 2020/2021 devem ser 11 milhões de toneladas menores do que os do ciclo anterior. Além disso, o aumento da capacidade de produção de biodiesel nos Estados Unidos impulsionou tanto o esmagamento quanto a demanda por óleo de soja. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. A maior demanda de esmagadoras vai reduzir a quantidade de soja disponível para exportação e dar suporte aos preços.

Menor oferta de soja, aumento da demanda doméstica e preços mais altos vão reduzir a participação dos Estados Unidos nas exportações globais. Uma possível redução das compras chinesas também preocupa. No último ano, a China comprou volumes recordes de soja norte-americana e brasileira. No entanto, com a desaceleração do esmagamento na China e os estoques crescentes no país, não se sabe até quando a China vai continuar comprando os volumes atuais. Como a China é responsável por 60% das importações globais de soja, uma mudança pode alterar drasticamente o mercado. Fatores como o ressurgimento da peste suína africana (PSA), uma redução do farelo de soja nas fórmulas de ração animal, quedas dos preços de carne suína e a utilização das reservas podem enfraquecer as importações chinesas.

Além disso, os Estados Unidos enfrentam neste ano maior concorrência do Brasil, que colheu uma safra recorde. Apesar desses fatores, o USDA acredita que as exportações norte-americanas de soja em 2021 serão fortes. No entanto, com a expectativa de preços mais altos e volumes menores, ainda não se sabe se a receita de exportação neste ano conseguirá superar o recorde do ano passado. No primeiro trimestre de 2021, as exportações de soja dos Estados Unidos totalizaram US$ 7,7 bilhões, a segunda maior receita para o período e quase o dobro da registrada um ano antes. Esse crescimento foi motivado por um volume recorde e preços mais altos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.