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01/Jul/2021

Produtores de MT estão mais conectados à Internet

Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), na pesquisa "O perfil do agricultor mato-grossense na era digital”, o produtor de grãos de Mato Grosso está cada vez mais conectado à internet, com smartphones e computadores, além de utilizar softwares e aplicativos para celular, mas a cobertura das redes móveis no campo ainda é deficiente. Além disso, boa parcela comercializa ou adquire produtos e insumos online e a pandemia não influenciou esta tendência, que já vinha acontecendo. A pesquisa foi feita no segundo semestre do ano passado, por telefone, e exclusivamente com produtores de soja e milho do Estado. Ao todo, 470 agricultores foram entrevistados em 80 municípios, representando uma área de 901.631 hectares, ou 9% da área de soja. Um dos principais pontos levantados é a cobertura de internet nas propriedades rurais.

Sob este aspecto, 89% dos produtores responderam sim, sendo que as melhores coberturas estão nas regiões oeste e sudeste do Estado, com 94% dos proprietários tendo acesso à internet. Esses 89% referem-se, porém, ao acesso à internet na sede da propriedade. Apenas 3% dos entrevistados afirmaram ter internet em toda a área da fazenda. Isso é um entrave para as tecnologias que fazem parte da fazenda, cujo uso fica limitado. Entre elas, máquinas agrícolas. A pesquisa apurou que 61% da internet chega às propriedades rurais via rádio em Mato Grosso e apenas 5% via redes 4G. Entre os principais benefícios apontados pelos produtores, pelo fato de contarem com internet, estão a retenção de funcionários para 22%; 18% manutenção de estoques na fazenda; 17% monitoramento de operações agrícolas; 16% para compras online; 14% para o monitoramento do clima; 13% para segurança na fazenda e 0,7%, outros.

Mesmo com a deficiência da cobertura de dados em toda a área das fazendas do Estado, a pesquisa apurou que 92% dos proprietários entrevistados têm smartphones e que 78% utilizam computadores. Além disso, 20% possuem estação meteorológica na propriedade e 61% utilizam algum tipo de aplicativo ou software para apoiar a gestão da fazenda. A inovação tecnológica, para os agricultores, está ligada à melhoria da gestão da propriedade para 47% dos entrevistados; 14% para acesso à informação; 11% para acompanhamento de mudanças climáticas; 11% serviços administrativos e 16%, outros motivos. Um dado da pesquisa destacado é que 35% dos produtores entrevistados fizeram alguma compra de insumos em plataformas digitais no ano passado e 23% realizaram venda de insumos e produtos em plataformas digitais. A perspectiva é de que, cada vez mais, este processo vai se acelerar.

Em relação à inovação, ainda há certa timidez quanto à adoção de novas tecnologias. Ao responder à pergunta "você é o primeiro que adota inovação?", 27% disseram que são os primeiros a adotarem; 5% esperam o vizinho; 23% esperam que a maioria adote e 40% esperam que alguns adotem a inovação. Quanto à pandemia, a pesquisa apurou que, em 63% dos casos, não houve mudanças tecnológicas na fazenda; 16% adotaram algum serviço eletrônico; 13% passaram a fazer reuniões online; 5% fizeram cursos online e 3%, outros. Com esses resultados, é possível observar que a adoção de tecnologias nas propriedades não é episódica, mas estrutural. Não houve alteração ao longo da epidemia de Covid-19; ou seja, o produtor já estava usando tecnologia. O que pode ter acontecido foi a aceleração do uso de tecnologias que de qualquer forma ele já estava planejando utilizar. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.