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30/Jun/2021

EUA: seca na região oeste ameaça safra de grãos

Segundo o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack, a seca que vem castigando o oeste dos Estados Unidos mostra a necessidade de proteções mais fortes para os agricultores que enfrentam os riscos crescentes relacionados ao clima. Desde que assumiu o comando do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no início deste ano, Vilsack pediu aos legisladores que reformulem os sistemas de apoio à agricultura e os programas de desastres para ajudar os agricultores a lidar com calamidades climáticas mais rigorosas e duradouras. As cicatrizes econômicas deixadas por secas e outros desastres podem durar anos, estendendo-se para além das fazendas, ranchos e pomares e atingindo outros setores da economia. Agricultores, pecuaristas e outros produtores de alimentos nos estados da região oeste enfrentam outro verão de seca, com a estiagem atingindo mais de 90% do oeste norte-americano, contra 43% há um ano, de acordo com o Monitor da Seca dos Estados Unidos.

Reservatórios estão sendo esvaziados e alguns agricultores estão deixando os campos em descanso ou procurando fontes alternativas de água. A seca que agora afeta os produtores agrícolas dos Estados Unidos está a caminho de ser uma das mais severas a atingir o sudoeste do país. A última seca rigorosa, de 2014 a 2015, custou às operações agrícolas da Califórnia cerca de US$ 5 bilhões e levou à perda de cerca de 20 mil empregos, de acordo com estimativas da Universidade da Califórnia em Davis. Os meteorologistas afirmam que o aumento das temperaturas globais e a mudança nos padrões das tempestades estão levando a períodos de seca mais frequentes e profundos e dando à terra menos tempo para recuperar a umidade antes da próxima seca. Para a trading de grãos Archer Daniels Midland (ADM) os períodos de seca são um risco conhecido para os agricultores e o agronegócio.

Embora a atual seca nos Estados Unidos tenha ajudado a impulsionar os preços de grãos em um momento de forte demanda, a safra deste ano ainda pode ser volumosa. Mas, ainda há potencial para uma boa safra. No ano passado, o governo dos Estados Unidos desembolsou um recorde de US$ 46 bilhões em pagamentos diretos aos agricultores para ajudar a aliviar o impacto da pandemia de Covid-19 e das disputas comerciais internacionais. Mas, os sistemas realmente não foram projetados para a situação de seca de longo prazo, como a observada na Califórnia, em Utah e no Arizona. Esses Estados enfrentam a maior seca de sua história. Em resposta à estiagem, alguns produtores da Califórnia estão deixando em descanso terras normalmente usadas para o cultivo de safras anuais, como tomate e melão, para desviar a escassa oferta de água para plantações permanentes em pomares e vinhedos, que exigem investimentos de longo prazo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.