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29/Jun/2021

Brasil não terá entraves com novo padrão da China

Segundo o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, o Brasil não deve ter dificuldades para atender ao novo padrão chinês para a compra de soja. O Brasil foi notificado no fim de fevereiro de que a China está propondo um padrão para a soja que substituirá o anterior, utilizado desde 2009. A norma chinesa é menos rigorosa do que a anterior para alguns parâmetros de qualidade, então não haverá dificuldade em continuar atendendo ao país. Paralelamente, o padrão brasileiro, de 2007, também começa a ser rediscutido. Neste momento em que se discute um padrão nacional, ver essa discussão do padrão China é interessante, porque é o maior mercado consumidor do Brasil e, será possível trabalhar no padrão nacional visando a uma situação de transição suave e tranquila para continuar atendendo ao mercado chinês e exportando cada vez mais.

A proposta da China traz algumas diferenças que podem influenciar a classificação da soja. Na questão dos grãos perfeitos, o que se poderia entender como aqueles que não possuem defeitos, a norma vigente indica que se trata de "grãos perfeitos e normais" enquanto a nova sugere que seriam "grãos integrais com coloração normal". No Brasil, não há uma definição para grãos perfeitos, só para grãos que sofreram alguns problemas, que têm alguma avaria. Nos padrões de qualidade, a soja com menos de 75% de grãos perfeitos não tinha uma classificação e agora ela entra como "fora de tipo". Na questão dos grãos danificados, houve algum abrandamento da tolerância. Após a China comunicar a mudança da norma, os demais países se manifestaram na Organização Mundial do Comércio (OMC), enviando questionamentos. No caso do Brasil, a principal dúvida é como a regulamentação vai ser implementada, a fim de avaliar se será necessária adequação. Uma das questões que preocupa é a da umidade.

Atualmente, o limite no Brasil é 14%, enquanto na China é de 13%. É possível que o país asiático aplique o percentual de umidade para a soja que importa, o que hoje não ocorre. Essa é uma questão que será necessário debater para tentar chegar à melhor decisão possível para o País. Só quando o Brasil receber da China respostas sobre as perguntas que fez no âmbito da OMC, a nova norma poderá ser avaliada. Não há alterações em termos de nível de proteína e gordura exigidos. A definição de grãos perfeitos foi uma das perguntas feitas pelo Brasil à China no âmbito da OMC. O que estão descritos são os defeitos, ardidos, avariados, picada de insetos. Então, foi entendido que tudo que não é produto com defeito é um grão apto à utilização, que pode ter um consumo normal e corrente. Não há uma previsão de quando a China vai responder na OMC nem quando entrará em vigor a nova norma chinesa. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.