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18/Jun/2021

Futuros sofrem fortes baixas acompanhando o óleo

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em queda expressiva nesta quinta-feira (17/06). O mercado foi novamente influenciado pelo desempenho do óleo de soja, que terminou pelo segundo dia consecutivo no limite diário de queda estabelecido pela bolsa. Nas duas últimas sessões, o derivado perdeu 350 pontos (5,71%) e 550 pontos (9,51%), respectivamente.

O óleo de soja, uma das principais matérias-primas usadas na fabricação de biodiesel, vem sendo pressionado por um movimento de realização de lucros e por rumores de que o governo do presidente Joe Biden pode flexibilizar regras de mistura de biocombustíveis. Em 2021, a commodity ainda acumula ganho de cerca de 35%. O vencimento novembro da soja em grão recuou 90,50 cents (6,74%) e fechou a US$ 12,52 por bushel.

As perdas foram acentuadas por ordens automáticas de venda. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram mais próximos do piso das estimativas do mercado. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores venderam 65,3 mil toneladas de soja da safra 2020/2021 na semana encerrada em 10 de junho. Para a temporada 2021/2022, foram vendidas 6,5 mil toneladas.

O número reflete, de forma geral, a queda da demanda. O Itaú BBA estimou que a área plantada com soja na safra 2021/2022 no Brasil, que começará a ser semeada em setembro, deve crescer 4%. Se a produtividade da safra 2020/2021 se mantiver, a colheita de soja em 2021/2022 pode chegar a 141 milhões de toneladas, alta de 3% ante as 137 milhões de toneladas colhidas no ciclo atual. O cenário é de aumento da produção de soja no Brasil.