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17/Jun/2021

China eleva importação de soja de janeiro a maio

A China, país que mais importa soja no mundo e tem o Brasil como maior fornecedor, aumentou significativamente a compra da commodity nos primeiros cinco meses do ano. Segundo a Administração Geral das Alfândegas da China, o gasto do país asiático com soja durante os cinco meses foi 44,2% maior em relação ao mesmo período do ano passado, e resultou em um aporte total de 19,35 bilhões de dólares. A alta, que resultou numa compra total de 38,23 milhões de toneladas de soja de janeiro a maio, ocorreu com a recuperação do rebanho suíno chinês, que havia sido devastado pela peste suína africana (PSA). Nos cinco primeiros meses de 2021, a China importou 12,8% a mais do que no mesmo período do ano passado.

Em maio, a China registrou aumento das importações de soja em relação a abril deste ano por conta dos atrasos, no mês anterior, de embarques vindos do Brasil. O crescimento foi de 29% em relação aos 7,45 milhões de toneladas importadas em abril. Também houve aumento em relação a maio de 2020, quando o país havia importado 9,38 milhões de toneladas. Os números ficaram dentro das expectativas do mercado. As importações de maio a julho são normalmente altas. Houve também alguns atrasos nas cargas. Processadores chineses de soja aumentaram as compras de grãos do Brasil antecipando a forte demanda do setor de suínos, com a rápida recuperação, mas o regime de chuvas no Brasil atrasou a colheita e exportações da oleaginosa.

Os carregamentos atrasados começaram a chegar à China em grande volume a partir de abril, mas o impacto das chuvas ainda podia ser sentido. Nos próximos dois meses, a importação de soja pode passar de 10 milhões de toneladas, somando-se a um suprimento já sólido de grãos. No entanto, o apetite por ração do setor de suínos pode ser moderado no curto prazo, já que um grande volume de suínos pesados é enviado ao mercado. A queda nos preços dos suínos e o aumento dos custos da ração também devem impedir alguns agricultores de reabastecer seu rebanho, embora a demanda por farinha de soja deva ser saudável a longo prazo, já que o rebanho da China se recupera do surto de peste suína africana (PSA). Fonte: Exame. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.