14/Jun/2021

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (11/06), com o mercado reagindo tardiamente ao aumento das estimativas para estoques da oleaginosa nos Estados Unidos. O vencimento novembro recuou 20,75 cents (1,42%) e fechou a US$ 14,38 por bushel. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou de 3,81 de toneladas milhões para 4,22 milhões de toneladas a projeção de reservas ao fim da safra 2021/2022. Para a safra 2020/2021, os estoques finais de soja foram aumentados de 3,27 milhões para 3,66 milhões de toneladas.

O mercado também foi pressionado pelo desempenho do óleo de soja, que perdeu mais de 4%. O derivado caiu com força após relatos de que o governo norte-americano estaria considerando um alívio a refinarias de petróleo afetadas pelos altos custos de créditos de biocombustíveis. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação de biodiesel. O clima mais favorável ao desenvolvimento das lavouras no país também pesou sobre as cotações. Traders podem estar esperando uma melhora na safra, depois das chuvas registradas no Meio Oeste dos Estados Unidos no dia 10 de junho.

No entanto, o mercado vai precisar se decidir entre se antecipar ao efeito dessas chuvas nas lavouras ou à previsão de tempo seco e quente em todo o centro do país até 22 de junho. As atenções agora começam a se voltar para o relatório de área plantada, que será publicado no dia 30 de junho. Investidores estão apostando em uma área plantada maior do que a prevista pelo USDA no fim de março. O avanço do dólar ante o Real contribuiu para as perdas, já que tende a estimular as vendas externas do Brasil. O País é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação da oleaginosa.