20/Mai/2021
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa expressiva nesta quarta-feira (19/05). As perdas foram motivadas em parte pelo clima favorável do Meio Oeste dos Estados Unidos. Segundo a meteorologia, a previsão é de chuvas bem distribuídas até domingo (23/05) na região. O tempo úmido e temperaturas acima do normal devem contribuir para o desenvolvimento das lavouras.
O plantio nos Estados Unidos, que está mais avançado do que a média dos cinco anos anteriores, também pesou sobre os contratos. O vencimento julho da oleaginosa recuou 36,00 cents (2,29%) e fechou a US$ 15,38 por bushel. Os preços do grão ainda são influenciados pelo desempenho do óleo de soja, que caiu mais de 3%.
O derivado acompanhou a queda do óleo de palma, que é seu concorrente em alimentação e na fabricação de biodiesel, e do petróleo. A volatilidade do mercado deve aumentar. Quedas nos futuros têm sido compradas por especuladores, e essa é uma tendência que pode facilmente persistir, não apenas até o fim do ano comercial corrente, mas provavelmente no próximo ano também.
As condições climáticas terão de ser quase perfeitas até o início da colheita. Quaisquer indicações de problemas de rendimento vão gerar uma reação dos futuros. Embora isso não seja novidade, é um fator que vem tendo impacto cada vez maior no mercado à medida que a temporada de cultivo avança. Tendo em vista as estimativas para estoques tanto da safra velha quanto da nova, as reservas podem levar até três anos para atingirem um nível confortável.