18/Mai/2021

Segundo a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), os custos totais de produção de soja e milho no Rio Grande do Sul devem crescer mais de 30% na safra 2021/2022, mas a relação de troca por insumos para ambas as culturas ainda é extremamente favorável ao produtor. A relação de troca para a soja é a melhor das últimas nove safras, enquanto a do milho é a melhor das últimas dez temporadas. Mesmo com um custo de produção que está subindo muito, há viabilidade econômica das culturas. O aumento do custo total de produção de soja no Estado foi estimado em 31,78%, para R$ 4.800,76 por hectare, considerando uma produtividade de 60 sacas de 60 Kg por hectare.

O custo variável ou operacional, ou desembolso que o produtor tem para plantar a lavoura, sobe 29,98% em 2021/2022 no caso da oleaginosa, para R$ 3.098,25 por hectare. O número de sacas de 60 Kg para cobrir o custo total de produção da soja no Estado deve cair 22,53%, para 29,10 sacas de 60 Kg por hectare. A quantidade de sacas para cobrir o custo operacional da soja diminui 23,58%, para 18,78 por saca de 60 Kg. A variação cambial, juntamente com o aumento das cotações internacionais, contribuiu para a elevação dos preços das culturas, mas também ajudou a aumentar os custos. O aumento dos combustíveis e dos preços das máquinas agrícolas também influenciaram no crescimento das despesas.

A questão do seguro agrícola também é preocupante, sendo o segundo ponto mais caro de uma lavoura, perdendo apenas, em alguns casos, para fertilizantes. O aumento de custo ainda pode reduzir a expectativa de renda do produtor, mas isso depende de como se comportarão as cotações de agora em diante. Não se sabe se o patamar de preços vai permanecer nesse nível atual. Os altos preços permitem uma rentabilidade positiva. Os preços pagos por milho e soja aumentaram mais do que os insumos. Se os valores de R$ 88,00 por saca de 60 Kg de milho e R$ 165,00 por saca de 60 Kg de soja se mantiverem, os produtores vão torcer pelo clima favorável na próxima safra. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.