07/Mai/2021
A Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) se manifestou contra a redução em 30% do mercado de biodiesel com argumentação única e exclusiva sobre preço. Quando houve longos períodos de preços mais baixos, não ocorreu aumento da mistura por causa de questões econômicas. O governo reduziu a mistura do biodiesel no diesel no País, de 13% para 10%, especificamente para o 79º leilão de biodiesel, que garante o abastecimento do biocombustível no mercado interno de 1º de maio a 30 de junho. Não foi só o biodiesel e o óleo de soja que se valorizaram nos últimos meses. Houve aumento das commodities em nível global.
No Brasil, a pressão foi maior quanto a custo em função do câmbio valorizado. Por não acreditar que o preço é o melhor indicador para alterar o percentual de mistura de biodiesel no diesel, a entidade considera que que essa medida não foi adequada. O setor chegou a sugerir ao governo um corte menor, para B12 e B11. Mas, foi um corte muito grande, que já está trazendo problemas para a cadeia produtiva. A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) afirmou que preço não é o foco da entidade, mas ponderou que a situação é delicada porque a soja se valorizou muito.
A China está comprando muita soja e os países que compram soja do Brasil, apesar da pandemia, também estão comprando muito. Assim, o preço atingiu um patamar que preocupou o governo. Em 2018, a greve dos caminhoneiros causou problemas para a economia, prejudicando vários setores. A maior preocupação do governo é com os caminhoneiros. Destaca-se que, na semana que houve a redução da mistura, o preço da soja caiu. O mercado se ajusta e a preocupação maior das revendas é com a qualidade do biodiesel. A sugestão é de que o percentual de mistura obrigatória possa ser usado como colchão de amortecimento de preços do biodiesel. Fonte: Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.