07/Mai/2021
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (06/05), sustentados por preocupações com o clima nos Estados Unidos diante de um quadro de oferta apertada, além de uma demanda interna ainda robusta. O vencimento julho subiu 27,25 cents (1,77%) e fechou a US$ 15,69 por bushel. Enquanto chuvas são esperadas em grande parte do Meio Oeste dos Estados Unidos neste fim de semana, o norte das Grandes Planícies deve receber apenas chuvas moderadas, o que é uma má notícia considerando a já existente seca da região. A preocupação com a umidade do solo e a seca está crescendo nesta parte do Meio Oeste. Além disso, as baixas temperaturas esperadas neste fim de semana trazem o risco de geadas desfavoráveis para o progresso da safra.
Com os Estados Unidos a caminho de esgotar o suprimento de soja neste verão (do Hemisfério Norte), junto com o fato de o país não estar preparado para importar quantidades significativas de soja, o mercado está se encaminhando para mais volatilidade e preços mais altos nos próximos meses. Com margens elevadas no esmagamento de soja, muitas fábricas nos Estados Unidos estão pagando prêmios elevados pela oleaginosa em relação aos futuros e há disputa pelos estoques remanescentes, com produtores relutantes em negociar no disponível e para a safra 2021/2022. A demanda é puxada principalmente pela firmeza no mercado de óleo de soja.
Os mercados de óleo comestível deram novo fôlego ao mercado de soja, levando os contratos de novas safras a novas máximas neste mercado altista, enquanto os contratos curtos permanecem um pouco abaixo das máximas recentes de oito anos. A oferta restrita de óleo de soja deve continuar no próximo ano. Os preços subiram apesar de dados de vendas externas dos Estados Unidos não terem trazido grandes surpresas ao mercado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 358,2 mil toneladas de soja da safra 2020/2021 e 2021/2022. O volume ficou abaixo do verificado na semana anterior. Além disso, a China não consta entre os principais compradores da semana.