05/Mai/2021

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago reverteram perdas da sessão anterior e fecharam em alta nesta terça-feira (04/05). Traders aproveitaram a queda nos preços na véspera para compras de oportunidade, uma vez que as preocupações com o estoque apertado nos Estados Unidos persistem. A alta da soja também foi influenciada pelos ganhos do óleo de soja e do milho. O vencimento julho da oleaginosa subiu 14,25 cents (0,94%) e fechou a US$ 15,38 por bushel.

O óleo de soja chegou a subir mais de 2% na sessão, sustentado pela expectativa de maior demanda para fabricação de biodiesel, já que as margens da indústria têm melhorado, mas reduziu ganhos e terminou em alta de 0,82% no contrato julho. Há temores, porém, de que o aumento dos casos de Covid-19 na Índia afete a demanda por óleos vegetais. Na segunda-feira (03/05), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que a semeadura de soja no país estava em 24% até o dia 2 de maio, ante 11% na média dos cinco anos anteriores.

O avanço em relação à semana anterior foi expressivo, de 16%, mas a evolução já era esperada pelo mercado. Traders seguem monitorando o clima nos Estados Unidos. Segundo a meteorologia, a previsão é de chuvas moderadas a fortes no leste do Meio Oeste até esta quarta-feira (05/05). Essa umidade não deve, contudo, atingir o noroeste, parte mais seca da região. As baixas temperaturas podem retardar a emergência da cultura e o crescimento inicial. No Brasil, os embarques seguem acelerados.

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) projetou exportação de 11,965 milhões de toneladas de soja em maio. Analistas, contudo, preveem que o volume pode chegar a 15 milhões de toneladas. A estimativa da Anec toma como base a soja já escoada e a programação de navios para o restante do mês. A associação também estimou as exportações de soja em abril em 15,628 milhões de toneladas.