27/Abr/2021

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta pela décima sessão consecutiva nesta segunda-feira (26/04), com sinais de retomada da demanda chinesa pelo grão norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 120 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega prevista para a temporada 2021/2022. Muitos no mercado acreditam que essas vendas tenham sido para China. Na sexta-feira (23/04), O USDA tinha anunciado uma venda avulsa de 132 mil toneladas para o país asiático, com entrega em 2021/2022.

O vencimento julho ganhou 23,25 cents (1,53%) e fechou a US$ 15,39 por bushel. Preocupações com o aperto dos estoques nos Estados Unidos também deram suporte ao mercado. Os preços da oleaginosa na Bolsa de Chicago estão próximos do maior nível em oito anos, mas isso não tem sido suficiente para racionar a demanda. A escassez está impulsionando os preços, e a expectativa é de que a oferta tenha apenas uma melhora limitada em 2021/2022, mesmo com um aumento significativo da área plantada. O plantio ainda está nos estágios iniciais e o clima está muito frio no momento, causando incertezas consideráveis. Os Estados Unidos ainda podem ficar sem soja durante o verão do Hemisfério Norte. Os estoques em 2021/2022 também podem ficar extremamente apertados.

Há relatos de que o governo da Argentina estaria considerando elevar impostos sobre a exportação de grãos e derivados de soja. Isso poderia deixar a oferta global mais apertada, já que a Argentina é o principal exportador de farelo e óleo de soja. O mercado de soja acumula valorização de 11,6% nas últimas dez sessões e fundos de investimento continuam com uma grande posição comprada, mas a forte alta do milho e do trigo impediu uma correção. De acordo com dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) publicados na sexta-feira (23/04), o saldo comprado dos fundos aumentou 23% na semana encerrada em 20 de abril, de 130.313 para 160.094 lotes.