19/Abr/2021

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta pela quarta sessão consecutiva na sexta-feira (16/04). Os preços vão avançar para racionar a demanda e evitar que os estoques nos Estados Unidos fiquem ainda mais apertados. A estimativa atual do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para as reservas domésticas ao fim de 2020/2021, de 3,27 milhões de toneladas, representa o menor nível em sete anos. Caso a previsão se confirme, a relação estoque/uso vai atingir uma mínima histórica de 2,6%.

O vencimento julho da oleaginosa subiu 11,50 cents (0,82%) e fechou a US$ 14,22 por bushel. Nas quatro sessões, o ganho acumulado é de 3,15%. Os estoques na próxima temporada podem ser os menores já registrados, se a área plantada nos Estados Unidos ficar abaixo da projeção do USDA, de 35,45 milhões de hectares. O desempenho do óleo de soja, que subiu 2,59%, continua influenciando os preços da soja em grão. O derivado, por sua vez, acompanhou a forte alta do óleo de palma, que é seu concorrente em alimentação e na fabricação de biodiesel.

Além disso, traders vêm chamando atenção para os estoques globais reduzidos de óleos vegetais. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que a colheita de soja na Argentina atingiu 7,2% da área semeada, um avanço de 3,7% na semana. O rendimento médio nacional está em 3.060 quilos por hectare. Até agora, foram colhidos 3,8 milhões de toneladas, e a estimativa de produção total foi mantida em 43 milhões de toneladas. A parcela da safra de soja em condição boa ou excelente se manteve em 9% na semana. Já a parcela em condição regular ou ruim diminuiu de 32% para 30%.