16/Abr/2021

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (15/04), ainda refletindo a preocupação de traders com o aperto dos estoques nos Estados Unidos. A projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para estoques ao fim de 2020/2021, de 3,27 milhões de toneladas, vai levar a relação estoque/uso para uma mínima histórica de 2,6%. Por isso, analistas vêm alertando para a necessidade de racionamento da demanda. O vencimento julho da oleaginosa subiu 8,75 cents (0,62%) e fechou a US$ 14,11 por bushel. Além disso, caso a área nos Estados Unidos em 2021/2022 fique abaixo da estimativa do USDA, de 35,45 milhões de hectares, isso deve resultar nos estoques mais baixos já registrados para o país.

Globalmente, o balanço mantém a produção abaixo do consumo em 2020/2021 e a demanda mundial segue muito forte. Do lado da demanda global em 2020/2021, uma questão que voltou a preocupar o mercado são os novos focos de peste suína africana (PSA) na China. A estimativa ainda é de importações recordes da China em 2020/2021 de 100 milhões de toneladas, mas é preciso monitorar o que está acontecendo com a peste suína africana, que está apresentando novas variantes do vírus. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram dentro da expectativa do mercado.

Segundo o USDA, exportadores venderam 90.400 toneladas de soja da safra 2020/2021 na semana encerrada em 8 de abril. Para a temporada 2021/2022, foram vendidas 265.500 toneladas. A Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa) informou o processamento de soja nos Estados Unidos aumentou 15% em março ante fevereiro, para 4,84 milhões de toneladas. Traders de grãos, entretanto, esperavam alta maior no esmagamento. O relatório de esmagamento da Nopa em março foi levemente baixista para a soja. Os estoques de óleo de soja ficaram mais baixos do que o esperado, proporcionando algum alívio para o mercado. O óleo de soja para julho subiu 1,24% na Bolsa de Chicago.