15/Abr/2021
Os futuros de soja fecharam em alta nesta quarta-feira (14/04) na Bolsa de Chicago. Os ganhos foram sustentados em parte pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) informou que as exportações brasileiras devem ficar entre 14 milhões e 17,149 milhões de toneladas em abril.
Antes, a associação estimava embarques de 14 milhões a 16,329 milhões de toneladas. Caso o teto da nova projeção seja alcançado, o volume ficará 2,869 milhões de toneladas acima do registrado em abril do ano passado, de 14,279 milhões de toneladas. O vencimento julho da oleaginosa ganhou 17,50 cents (1,26%) e fechou a US$ 14,02 por bushel. O mercado também foi influenciado pelo desempenho do óleo de soja, que avançou mais de 2%. O derivado, por sua vez, acompanhou a alta expressiva do petróleo, que faz com que refinarias nos Estados Unidos tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel.
O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Além disso, a oferta reduzida de óleos vegetais e o aumento do interesse externo vêm dando suporte aos preços. A agência estatal de grãos do Egito (Gasc), está buscando 30 mil toneladas de óleo de soja e 10 mil toneladas de óleo de girassol para entrega entre 1º e 20 de junho. A necessidade de racionamento da demanda está ajudando a manter os preços altos na Bolsa de Chicago. A projeção, no fim de março, de uma área plantada abaixo do esperado deixou traders mais preocupados com o aperto dos estoques nos Estados Unidos. A projeção do USDA para estoques domésticos ao fim de 2020/2021, de 3,27 milhões de toneladas, vai levar a relação estoque/uso para uma mínima histórica de 2,6%.