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14/Abr/2021

Futuros têm altas acompanhando o óleo de soja

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (13/04). Os ganhos foram sustentados pelo desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 3%. O derivado, por sua vez, acompanhou o avanço do óleo de palma, que é seu concorrente direto em alimentação e na fabricação de biodiesel, e do petróleo. O fortalecimento do combustível fóssil faz com que refinarias nos Estados Unidos tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O vencimento julho da soja em grão subiu 5,75 cents (0,42%) e fechou a US$ 13,84 por bushel. Além disso, o Rabobank afirmou que as margens de esmagamento de soja na China vêm diminuindo nos últimos meses, em parte por causa do ressurgimento da peste suína africana no país e a consequente queda dos preços domésticos de farelo.

Isso tem resultado em diminuição do processamento e estoques mais apertados de óleo de soja. A agência estatal de grãos do Egito (Gasc) está buscando no mercado internacional 30 mil toneladas de óleo de soja e 10 mil toneladas de óleo de girassol, para entrega entre 1º e 20 de junho. A expectativa de estoques reduzidos nos Estados Unidos também deu suporte às cotações. A projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para estoques domésticos ao fim de 2020/2021, de 3,27 milhões de toneladas, vai levar a relação estoque/uso para uma mínima histórica de 2,6%. Isso torna o preço de soja suscetível a altas se houver problemas durante o plantio, que deve começar em breve, e durante a fase de desenvolvimento.

Dados preliminares publicados nesta terça-feira (13/04) pela Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) mostraram que o país importou 7,77 milhões de toneladas de soja em março deste ano. O volume representa aumento de 81% ante igual mês do ano passado e de 40% em relação a fevereiro deste ano. No primeiro trimestre, as importações de soja somaram 21,18 milhões de toneladas, aumento de 19% ante igual período de 2020. Mesmo considerando que os números foram impulsionados pela chegada de carregamentos atrasados do Brasil em março, os números apontam para um quadro de demanda chinesa altamente dinâmica. O Rabobank estimou que as importações chinesas de soja devem alcançar 10 milhões de toneladas ao mês entre maio e julho.