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13/Abr/2021

Futuros em queda com a liquidação de posições

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em queda nesta segunda-feira (12/04), apesar de sinais de demanda externa pelo grão produzido nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram vendas de 242 mil toneladas de soja para o mercado externo. Do total, 132 mil toneladas têm como destino a China e 110 mil toneladas foram vendidas para Bangladesh. O fato de que a maior parte desse volume é para entrega em 2021/2022 deixou traders desmotivados. O vencimento maio da oleaginosa recuou 21,00 cents (1,50%) e fechou a US$ 13,82 por bushel.

Os preços recuaram com um movimento de liquidação de posições compradas e vendas motivadas por fatores técnicos, após a decepção de traders com o relatório mensal do USDA. A estimativa é de que fundos venderam 7.200 lotes de soja na Bolsa e Chicago nesta segunda-feira (12/04). Na semana passada, o USDA informou que as reservas de soja nos Estados Unidos ao fim da temporada 2020/2021 devem somar 3,27 milhões de toneladas. A projeção ficou inalterada ante o relatório de março. Além disso, o USDA elevou sua previsão para a safra de soja no Brasil em 2020/2021, de 134 milhões para 136 milhões de toneladas. A projeção para estoques mundiais de soja foi aumentada de 83,7 milhões para 86,9 milhões de toneladas. O USDA informou que 327.799 toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana encerrada em 8 de abril, queda de 14,78% ante a semana anterior.

No Brasil, o Ministério da Agricultura (Mapa) e o de Minas e Energia (MME) comunicaram na sexta-feira (09/04) a decisão de reduzir de 13% para 10% o percentual mínimo de mistura de biodiesel no diesel no 79º leilão de biodiesel (L-79). Apesar da expectativa de safra robusta neste ano, o mercado mundial continua com forte demanda pela soja, principalmente em decorrência dos baixos estoques do produto nos Estados Unidos e da crescente demanda da China. Entidades do setor de biodiesel criticaram a decisão, dizendo que ela coloca o mercado num cenário de total incerteza. No Brasil, o óleo de soja é a principal matéria-prima usada na fabricação de biodiesel.