12/Abr/2021
Segundo o Itaú BBA, os preços da soja devem seguir valorizados ao longo dos próximos meses na Bolsa de Chicago e, consequentemente, no Brasil. Os únicos fatores que podem contrabalançar esta expectativa são as compras chinesas da oleaginosa, que podem se reduzir tendo em face o aumento de casos de peste suína africana (PSA) no país (já que a soja é adquirida para alimentação animal) e a capacidade que as esmagadoras terão de repassar preços mais altos às cotações de farelo e óleo.
Outro argumento que reforça a expectativa de preços firmes é a combinação entre a perspectiva de baixíssimos estoques de passagem na safra atual, atrelada ao cenário de mais um ano-safra de balanço apertado. Ao se adotar o aumento de área sugerido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no relatório de intenção de plantio e um nível de produtividade e uso semelhantes ao sugerido pela mesma entidade no Fórum Agrícola de fevereiro, a disponibilidade de soja na safra 2021/2022 tende a ser 3% inferior aos já alarmantes níveis esperados para 2020/2021. Nesse sentido, preços precisarão permanecer elevados para incentivar um aumento maior da área a ser produzida no país e racionar a demanda.
Além disso, apesar de o USDA projetar safra na Argentina em 48 milhões de toneladas, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires já baixou a perspectiva para 44 milhões de toneladas, em função de adversidades climáticas. Essa perspectiva, atrelada ao crescimento da demanda global, sugere que o balanço de oferta e demanda mundial também seguirá apertado e, provavelmente, sem grandes alívios no ano safra 2021/2022. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.