09/Abr/2021
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (08/04). Os ganhos foram sustentados pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar entre 14 milhões de toneladas e 16,329 milhões de toneladas em abril, de acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). O vencimento maio da oleaginosa ganhou 6,50 cents (0,46%) e fechou a US$ 14,15 por bushel.
A volta da China ao mercado norte-americano também deu algum ânimo aos traders. Dados de vendas externas publicados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostraram que o país asiático comprou soja da safra nova na semana passada, embora tenha cancelado compras da safra velha. É possível que a China cancele mais compras da safra 2020/2021, tendo em vista a disponibilidade de soja brasileira. Segundo o USDA, cancelamentos superaram em 92.500 toneladas as vendas de soja da safra 2020/2021 na semana encerrada em 1º de abril. A China cancelou compras de 216.100 toneladas.
Para a temporada 2021/2022, foram vendidas 338.600 toneladas, sendo 264 mil toneladas para o país asiático. O saldo de vendas das duas temporadas é de 246 mil toneladas. Traders também ajustaram posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do USDA, que será divulgado nesta sexta-feira (09/04). Quanto à produção brasileira em 2020/2021, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou a estimativa, de 135,1 milhões de toneladas para 135,54 milhões de toneladas. O número é 8,6% maior do que a produção da safra 2019/2020 (124,84 milhões de toneladas).